sexta-feira, 10 de maio de 2013


CASOS DE CASH TRAPPING EM PORTUGAL




A SIBS, empresa responsável pela rede Multibanco, alerta para casos de “cash trapping” em Portugal. Várias ocorrências estão a ser investigadas pela PSP.
Uma pessoa chega a uma máquina de Multibanco, coloca o código e pede para levantar dinheiro. O dinheiro não sai. A pessoa cansa-se, pensa que a máquina está avariada e abandona o local. É então que aparece outra pessoa que tinha, antes, colocado um objecto, de plástico ou metal, no terminal de saída de notas. Retira esse objecto e fica com o dinheiro que a outra pessoa pediu para levantar.

A situação é descrita pela SIBS, responsável pela marca Multibanco, num alerta lançado na quarta-feira, 8 de Maio, numa nota distribuída às redacções. A técnica designa-se de “cash trapping” e foi identificada como um “fenómeno cíclico, tanto em número de casos registados, como a nível geográfico, incidindo primariamente nos grandes centros urbanos”.

O comunicado da SIBS, presidida por Vítor Bento, fez o aviso na sequência do alerta dado pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e por notícias que davam conta da detenção de dois indivíduos apanhados em flagrante delito.
As novas ocorrências estão a ser investigadas pela Polícia de Segurança Pública (PSP) em coordenação com a Paywatch, empresa de garantia de segurança dos pagamentos, e pela SIBS.

A empresa sublinha que a utilização do sistema de pagamentos é “segura” mas deixa alguns cuidados a ter. Quando os utilizadores detectarem irregularidades nas máquinas, "como um sistema diferente de leitores de cartões, ecrã ou teclado, um aspecto visual diferente ou indícios de vandalização", devem contactar o banco ou a SIBS.

Em Fevereiro, o “Diário de Notícias” noticiou que, em 0,01% dos levantamentos feitos em Portugal, o dinheiro ficou retido nas máquinas. Ou seja, dos 27 mil milhões de euros levantados em 2012, cerca de 2,7 milhões não terão ido para as mãos da pessoa devida, apesar de debitados das contas. Não era indicado, aí, se haveria um montante específico para os casos de “cash trapping”, falando-se, por exemplo, de problemas mecânicos como o facto das notas ficarem dobradas e, por esse motivo, não saírem das máquinas. Como diz a SIBS no comunicado de quarta-feira, os dados relativos à ocorrência desta técnica encontram-se em segredo de justiça, “pelo que não podem ser revelados”.


Postado por: Sónia Domingos Pedro