INVESTIMENTO EM OURO
TEM RISCOS ELEVADOS
De acordo com a
última edição da revista Proteste
Investe, publicada no passado dia 22 de outubro, os investidores
particulares em ouro correm grandes riscos, podendo as perdas , num só dia, ascender a 40% do
património.
Nos meses de agosto e setembro, a Proteste Investe terá comprado e vendido barras de ouro, tendo perdido dinheiro nestas operações. Segundo esta publicação financeira da Deco,
na operação de compra, a perda imediata, em média, é de 15%, enquanto na venda aos
retalhistas, as perdas tendem a ser superiores a 25%.
A publicação refere que estas perdas não deco rrem da desvalorização do ouro, tendo sim
a ver com o valor que as instituições pagam ou pedem pelo metal - consoante estejam a comprar ou a vender -,
muito abaixo ou acima da cotação de referência definida pelo Banco de Portugal.
A Proteste Investe conclui que, entre
os estabelecimentos, a diferença de preços é abissal, referindo que, “no mesmo
dia, o mesmo consumidor recebeu uma cotação de 19,14 euros por grama num sítio e uma
cotação de 27,34 euros noutro estabelecimento. É uma diferença de 42,9%. E
ambas estavam longe da cotação indicativa do Banco de Portugal para esse dia:
31,71 euros.”
Para haver
transparência, a Proteste Investe defende que, todas as entidades que comercializam ouro,
incluindo os bancos, dev am estar obrigadas a afixar o preço diário de compra e de venda, bem como a cotação
de referência. Para além disso, defende que os operadores sejam obrigados a
registar-se junto do Banco de Portugal, assim como ter formação mínima sobre
metais junto do Instituto Nacional - Casa da Moeda e do Banco de Portugal.
Antes de venderem qualquer peça em ouro, os consumidor es deve m efetuar a comparação entre os vários
pontos de venda, assim como a simulação no portal da Deco, aconselha a Proteste Investe.
Fonte: Jornal Público e Proteste Investe
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