9.ª EDIÇÃO
Já está disponível a versão em português da 9.ª edição do Painel de Avaliação das Condições
de Consumo, datada
de julho de 2013.
Sendo um instrumento da Comissão
Europeia criado com o objetivo de analisar o desempenho dos mercados dos
diversos setores da economia na perspetiva do consumidor, constitui uma fonte de dados
completos e comparativos nas áreas da concorrência e do consumo, de modo a
identificar o que funciona mal nos mercados dos Estados-Membros.
Além de permitirem aos responsáveis
políticos e outros intervenientes europeus e nacionais, fazer uma estimativa do
impacto das suas políticas no bem-estar dos consumidores, comparando os desempenhos ao
longo do tempo, estes dados também possibilitam às autoridades responsáveis pela
aplicação da legislação relativa aos consumidores, a identificação dos domínios prioritários em que é
necessário intensificar a referida aplicação.
A Estratégia Europa 2020 preconiza
que «deve ser dada aos cidadãos a possibilidade de participarem
plenamente no mercado único, o que implica aumentar as possibilidades e a
confiança na aquisição de bens e serviços transfronteiras, principalmente em
linha».
Um mercado único mais favorável aos consumidores, incluindo a sua dimensão
digital, pode impulsionar significativamente o crescimento económico na Europa.
Dado que a despesa de consumo final das famílias representa 56% do PIB da
UE., salienta-se que o incentivo da procura é fundamental para a saída da UE da
atual crise económica. “Só os consumidores informados e assertivos,
confiantes de que os seus direitos são devidamente protegidos, estão aptos a
fazerem as melhores escolhas, melhorando assim o seu próprio bem-estar e
estimulando a concorrência, a inovação e a integração do mercado interno”.
Algumas das principais conclusões do 9.º Painel
de Avaliação das Condições de Consumo:
$ O acesso fácil a ofertas em linha e
transfronteiras contribui para o crescimento económico, proporcionando mais
opções de escolha aos consumidores da UE e novas
oportunidades de negócio para as empresas.
$ Várias iniciativas na UE visam
reforçar a confiança dos consumidores no mercado único (digital), nomeadamente: a
Diretiva relativa aos direitos dos consumidores; a legislação recente em matéria
de resolução alternativa de litígios e de resolução de litígios em linha; e o
processo europeu para ações de pequeno montante (a rever proximamente).
$ Apenas um quarto dos consumidores da UE está interessado em fazer
compras transfronteiras e três quartos dos retalhistas vendem apenas no
seu país, situação que não deverá registar alterações significativas a curto prazo.
$ Embora a percentagem de consumidores envolvidos no comércio eletrónico
tenha aumentado de forma significativa nos últimos anos (de 20% em 2004 para
45% em 2012), a adoção deste tipo de comércio continua a ser bastante díspar
em toda a UE.
$ Ainda que, nos últimos anos, o
comércio eletrónico transfronteiras tenha registado mais elevadas taxas de crescimento do que o
comércio eletrónico nacional, os consumidores da UE são consideravelmente mais
suscetíveis de fazerem compras em linha a vendedores/fornecedores nacionais (41%)
do que aos localizados noutros países da UE (11%). Embora 6 em cada 10 consumidores se sintam confiantes para fazerem
compras em linha a vendedores nacionais, apenas um terço se sente confiante
relativamente às compras transfronteiras.
$ A futura plataforma de resolução de
litígios em linha (RLL) permitirá aos consumidores que fazem compras em linha, tanto
a nível nacional como transfronteiras, resolverem os litígios que os oponham
aos comerciantes, inteiramente em linha e sem terem de recorrer aos tribunais.
$ O Painel de Avaliação avalia a
qualidade do ambiente de consumo através do Índice
das Condições de Consumo, sendo este composto por 12 indicadores relacionados com a
confiança dos consumidores, a legislação aplicada em matéria de segurança dos
produtos e de interesses económicos, as queixas dos consumidores e as vias de recurso.
$ O Índice das Condições de Consumo evidencia grandes disparidades (de 30% a 60%) entre os diferentes
Estados-Membros da UE. Segundo este índice, Portugal está entre os países com
melhores condições de consumo, com um valor acima da média da UE, a par de
países como a Finlândia, o Reino Unido, a Holanda, a Suécia e a Alemanha, entre
outros.
Para todos os interessados recomenda-se a consulta do estudo, disponível no seguinte link:
Postado por: Manuel José Sargaço
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