UNESCO
Dieta mediterrânica é
Património Imaterial da Humanidade
No passado dia 4 de dezembro, com a dieta mediterrânica, Portugal viu novamente reconhecida a sua inscrição na lista de bens
do Património Imaterial e Cultural da
Humanidade.
Depois do reconhecimento
do Fado em 2011, agora foi a dieta mediterrânica que obteve esta mesma
distinção, numa candidatura conjunta de Portugal, Croácia e Chipre, a que também
se associaram Espanha, Grécia, Itália e Marrocos, países que desde novembro de
2010 já tinham os seus nomes e a sua dieta mediterrânica inscritos nos bens
patrimoniais da UNESCO.
A dieta mediterrânica corresponde
a um estilo de vida transmitido de geração em geração que, além da preparação, confeção
e consumo dos alimentos, também abrange festividades, tradições orais e
expressões artísticas, assim como técnicas e práticas produtivas, nomeadamente
de agricultura e pescas, específicos desta região geográfica.
Depois de analisada a
candidatura, no projeto de decisão da UNESCO é referido que “comer em conjunto
é a base da identidade cultural e da sobrevivência das comunidades por toda a
bacia do Mediterrâneo. É um momento de convívio social e de comunicação, de
afirmação e renovação da identidade de uma família, grupo ou comunidade”.
O sociólogo Jorge
Queiroz, que integrou o grupo de organização da candidatura, e responsável pela
exposição Dieta Mediterrânica, património
cultural milenar, patente até Março no Museu Municipal de Tavira, salientou
que “a inscrição na lista do património é um contrato entre a UNESCO e o nosso
país, que nos traz novas responsabilidades", ficando estes sete países vinculados
ao desígnio de partilhar e alargar esse trabalho a outras regiões da bacia do
Mediterrâneo.
A decisão foi tomada dur ante a 8.ª Sessão do Comité Intergovernamental
para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, realizada em
Baku, capital do Azerbeijão, tendo a delegação portuguesa sido chefiada por
Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira, entidade que liderou
esta candidatura.
Fonte: Público
Postado por: Manuel José Sargaço
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