quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Alimentação Saudável = Qualidade de Vida



Hoje, dia 16 de Outubro é Dia Mundial da Alimentação.
Esta comemoração, que teve início em 1981 e é, na atualidade, celebrada em mais de 150 países como uma importante data para conscientizar a opinião pública sobre as questões da nutrição e alimentação.
O objetivo deste dia é que a humanidade reflicta sobre a difícil situação que enfrentam as pessoas que passam fome e estão desnutridas, bem como promover em todo o mundo a participação da população na luta contra este flagelo.
Segundo a ONU, em dados revelados no passado dia 2 de Outubro, uma em cada oito pessoas no mundo sofre de fome crónica. Esta organização estima em 842 milhões o número de pessoas subnutridas no período compreendido entre os anos 2011 e 2013.

A grande maioria das pessoas que sofrem da chamada fome crónica, ou seja, não têm alimentos suficientes para uma vida saudável e activa, encontram-se, na sua maioria, nos países em desenvolvimento, mas, ainda assim, vivem nos chamados países desenvolvidos cerca de 15,7 milhões de pessoas nesta situação.

Paradoxalmente e já considerada como uma pandemia, doença que afecta um elevado número de pessoas e num grande número de países, a obesidade é uma das doenças que mais afecta a população mundial e é aquela que piores males aporta. Cerca de 12% da população mundial é considerada obesa.

Esta doença é responsável por 55% dos casos de hipertensão na Europa, 80% dos casos de diabetes tipo 2 (chamados diabetes tardios) e ainda por 35% da doença isquémica cardíaca.

A indústria alimentar é uma das grandes culpadas pela obesidade que atinge os países mais industrializados. Com a preocupação em conseguir lucros cada vez maiores, acrescenta ingredientes pouco usuais na dieta normal e que, precisamente por isso, todos adoramos, especialmente as crianças: açúcar, sal e gordura. A língua tem regiões sensíveis a esses sabores, as papilas gustativas são responsáveis pelo prazer da degustação, pelo que a indústria alimentar adiciona grandes proporções desses ingredientes nos alimentos, em doses muito superiores àquelas de que precisamos para termos efectivamente esse prazer, mas conseguir assim “viciar” os seus consumidores.

Infelizmente, Portugal também já entrou nesta onda.

Contam-se já cerca de 5 milhões de portugueses com excesso de peso ou já obesos. No nosso país, 15% da população é considerada obesa e 36% vive com excesso de peso.
As crianças (entre os 7 e 11 anos) são as que mais sofrem com este mal: a prevalência da doença é de 32%, o que faz com que Portugal, a par de Malta, seja um dos países europeus onde a obesidade infantil é mais frequente.

A maior parte das crianças come demasiado e mal. A sua alimentação é pobre em fibras (vegetais e frutas), rica em açúcar (bolos, refrigerantes e doces) e gorduras saturadas (batatas fritas de pacote) e sal. Além desta má alimentação junta-se o sedentarismo e pouco ou nenhum exercício físico.

O reduzido exercício físico pode ser associado à diminuição de espaços livres apropriados para praticar ao ar livre, ao aumento da insegurança, o que faz com que muitas crianças fiquem em casa e se habituem a actividades lúdicas mais sedentárias como os jogos de computador e a televisão. (continua…)




Postado por: Cristina Pires