quarta-feira, 5 de junho de 2013

Psicoterapia: quando e onde procurar apoio



Psicoterapia: quando e onde procurar apoio


Ao longo da vida há momentos menos bons, que podem fazer com que se sinta “em baixo”. Por exemplo, a morte de alguém próximo, a perda do emprego ou uma mudança súbita no quotidiano. O sofrimento é uma componente normal da vida. Mas há sintomas a que deve estar atento.

Nos últimos três anos, 17% dos 1350 portugueses inquiridos pela TESTE SAÚDE, uma das revistas editadas pela DECO PROTESTE, dizem ter recorrido a ajuda profissional para enfrentar problemas emocionais. Embora a quase totalidade dos participantes demonstre uma atitude positiva relativamente ao apoio psicológico neste tipo de situações, cerca de metade nunca o procurou quando a isso foi aconselhado.
O apoio de familiares, amigos e colegas de trabalho, a convicção de que conseguem superar as dificuldades sozinhos, o custo da terapia, a falta confiança nos profissionais de saúde mental e o desconhecimento de como procurar o terapeuta indicado são alguns dos motivos apresentados para abdicarem de ajuda técnica.
Procure ajuda se...
  • Perder, de forma prolongada, a capacidade de controlar as emoções, agindo de um modo capaz de lhe trazer mais problemas.
  • Deixar de conseguir cumprir as suas tarefas, durante um período de tempo significativo.
  • Prolongar o sofrimento associado a um luto durante um intervalo de tempo muito longo (por exemplo, mais de um ano).
  • Tiver sintomas físicos recorrentes de ansiedade, como dificuldade em respirar, peso no peito, desmaios ou crises de pânico.
  • O médico de família ou os seus amigos o aconselharem a procurar ajuda especializada.

Como escolher o profissional

Ao procurar apoio, terá de escolher entre ser atendido no sistema público ou no privado. Em Portugal, os cuidados privados na área da saúde mental não são comparticipados pelo Estado, a menos que seja beneficiário de algum subsistema de saúde, e desde que o médico de família prescreva a necessidade de psicoterapia. Tenha em conta o preço. O custo médio das consultas ronda 60 euros. Segundo a Teste Saúde apenas um seguradora em Portugal, comparticipa consultas nesta área, desde abril de 2013.

Se optar pelo sistema público, peça referenciação ao médico de família, que o poderá encaminhar para um profissional da área da saúde mental. No privado, peça referências a outros profissionais.
Escolha o profissional em função do problema. O acompanhamento psiquiátrico é imprescindível em situações mais graves, que podem beneficiar com a psicoterapia, mas que exigem o recurso a medicamentos. Alguns psiquiatras têm formação para intervir das duas formas. Mas a maioria dos tratamentos psicoterapêuticos é realizada por psicólogos clínicos, que devem estar também habilitados para o efeito (ou seja, fizeram formação em psicoterapia, após a licenciatura em psicologia).
Para maior segurança, confirme se o profissional escolhido é membro da Ordem dos Psicólogos. O portal da ordem permite fazer uma consulta por nome. Esta pesquisa diz-lhe se o profissional está registado e qual a sua categoria profissional.

Fonte: Revista Teste Saúde da DECO PROTESTE 
Postado por: Sónia Domingos Pedro
Supermercados: alimentos no final do prazo de validade

Alguns hipermercados e supermercados vendem produtos alimentares perto do fim da validade a preços mais baratos para evitar o desperdício. É preciso analisar se em poucos dias se consome o que compramos a preços tentadores.
Continente, Minipreço e Lidl vendem alimentos a preços reduzidos a poucos dias do final do prazo de validade e anunciam-no em etiquetas que se destacam.
Escoar os stocks dos produtos com validade próxima do final de forma rápida através da redução de preços: esta é a estratégia adotada pela maioria dos 20 hipermercados e supermercados de Lisboa e Porto que a DECO Proteste visitou em março último. É uma forma de os estabelecimentos eliminarem o desperdício, mas transfere a responsabilidade de consumo, dentro do prazo, para o consumidor. A redução de preço de 25% a 50% face ao preço normal e a oferta de quantidade suplementar do produto, sem variação do preço, através da promoção “leve 2, pague 1” são as modalidades mais frequentes. 

A identificação deste tipo de descontos varia consoante a loja. Na maioria dos casos, estes produtos apresentam uma etiqueta de cor forte, onde consta o preço promocional e as expressões “Aproximação fim do prazo validade”, “Produto com prazo de validade curto” ou “Por aproximação da data de validade”. O número de dias que decorre entre o momento da venda a preço promocional e o prazo limite de consumo varia consoante a categoria do produto e a loja. Por exemplo, nos produtos de charcutaria e saladas a colocação da etiqueta promocional ocorre dois dias antes do fim do prazo. Já no caso dos iogurtes e bolos, a etiqueta é colocada até 6 dias antes do fim do prazo de validade dos produtos. 

A colocação das etiquetas de cor forte permite diferenciar estes produtos e alertar o consumidor para o facto de que está a comprar um produto para consumo quase imediato.

Reduzir os alimentos no lixo: doar e vender a menor preço 

Em Portugal, cerca de 30% do desperdício alimentar é originado nos supermercados. Anualmente, cerca de 298 mil toneladas de alimentos têm como destino o contentor do lixo, aponta o estudo Do campo ao garfo – desperdício alimentar em Portugal, divulgado recentemente pelo Projeto de Estudo e Reflexão sobre Desperdício Alimentar (PERDA), desenvolvido pelo Centro de Estudos e Estratégias para a Sustentabilidade. 


Devido à dificuldade em gerir os produtos armazenados, os alimentos perecíveis criam as maiores perdas. Neste processo, há a considerar a gestão dos prazos de validade e o stock de produtos frescos do dia. Mau manuseamento ou acondicionamento e falhas de refrigeração podem também provocar estas perdas. 



A preocupação com o desperdício tem-se acentuado nos últimos tempos. Algumas incitativas das cadeias de distribuição tentam reduzir a quantidade de alimentos desaproveitados. A doação de alimentos a entidades de apoio social ou para consumo animal é frequente. Porém, outras iniciativas, como ações promocionais de alimentos com prazos de validade próximos do fim, têm sido levadas a cabo. Cada cadeia de supermercados recorre à sua própria estratégia de promoção. 



Poupar e consumir dentro do prazo 



O consumidor pode ser tentado a comprar um produto mais barato. Contudo, antes de comprar, deve ponderar se vai conseguir consumi-lo dentro do prazo de validade indicado. Caso não o faça, estará a desperdiçar dinheiro e alimentos. O alimento que não foi desperdiçado no estabelecimento de venda, será desperdiçado pelo consumidor, contrariando o objetivo da iniciativa. 


Em suma, apesar destas ações serem bem-intencionadas, visando reduzir o desperdício dos produtos alimentares nas cadeias de distribuição, só uma atitude de compra, refletida e racional é que traduzirá o benefício desta iniciativa. Uma boa gestão das necessidades familiares, através de uma lista de compras, constitui a melhor ferramenta de poupança. 
(fonte: DECO Proteste)
Postado por: Sónia Domingos Pedro