Alimentação
Saudável = Qualidade de Vida
Hoje, dia 16 de Outubro é Dia Mundial da Alimentação.
Esta comemoração, que teve início em 1981 e é, na atualidade,
celebrada em mais de 150 países como uma importante data para conscientizar a
opinião pública sobre as questões da nutrição e alimentação.
O objetivo deste dia é que a humanidade reflicta sobre
a difícil situação que enfrentam as pessoas que passam fome e estão desnutridas , bem como
promover em todo o mundo a participação da população na luta contra este
flagelo.
Segundo a ONU, em dados revelados no passado dia 2 de Outubro, uma
em cada oito pessoas no mundo sofre de fome crónica. Esta organização estima em
842 milhões o número de pessoas subnutridas no período compreendido entre os
anos 2011 e 2013.
A grande maioria das pessoas que sofrem da chamada fome crónica, ou
seja, não têm alimentos suficientes para uma vida saudável e activa, encontram-se,
na sua maioria, nos países em desenvolvimento, mas, ainda assim, vivem nos
chamados países desenvolvidos cerca de 15,7 milhões de pessoas nesta situação.
Paradoxalmente e já considerada como uma pandemia, doença que
afecta um elevado número de pessoas e num grande número de países, a obesidade
é uma das doenças que mais afecta a população mundial e é aquela que piores
males aporta. Cerca de 12% da população mundial é considerada obesa.
Esta doença é responsável por 55% dos casos de hipertensão na
Europa, 80% dos casos de diabetes tipo 2 (chamados diabetes tardios) e ainda
por 35% da doença isquémica cardíaca.
A indústria alimentar é uma das grandes culpadas pela obesidade que atinge os
países mais industrializados. Com a preocupação em conseguir lucros cada vez
maiores, acrescenta ingredientes pouco usuais na dieta normal e que,
precisamente por isso, todos adoramos, especialmente as crianças: açúcar, sal e
gordur a. A língua tem regiões sensíveis
a esses sabores, as papilas gustativas são responsáveis pelo prazer da
degustação, pelo que a indústria alimentar adiciona grandes proporções desses
ingredientes nos alimentos, em doses muito superiores àquelas de que precisamos
para termos efectivamente esse prazer, mas conseguir assim “viciar” os seus consumidor es.
Infelizmente, Portugal
também já entrou nesta onda.
Contam-se já cerca
de 5 milhões de portugueses com excesso de peso ou já obesos. No nosso país, 15% da população é
considerada obesa e 36% vive com excesso de peso.
As crianças (entre os 7 e 11 anos) são as que mais sofrem com este
mal: a prevalência da doença é de 32%, o que faz com que Portugal, a par de
Malta, seja um dos países europeus onde a obesidade infantil é mais frequente.
A maior parte das crianças come demasiado e mal. A sua alimentação é pobre em fibras
(vegetais e frutas), rica em açúcar (bolos, refrigerantes e doces) e gordur as saturadas (batatas fritas de pacote) e
sal. Além desta má alimentação junta-se o sedentarismo e pouco ou nenhum
exercício físico.
O reduzido exercício físico pode ser associado à diminuição de
espaços livres apropriados para praticar ao ar livre, ao aumento da insegurança,
o que faz com que muitas crianças fiquem em casa e se habituem a actividades
lúdicas mais sedentárias como os jogos de computador e a televisão. (continua…)
Postado por: Cristina Pires
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