Entre 13 e 20 de maio de 2014, cerca de 200 agências de 111 países estiveram envolvidos na maior
operação internacional de sempre (Pangea VII), dedicada ao
combate aos medicamentos falsificados e ao alerta para os perigos associados à
compra destes medicamentos através da internet.
Tendo sido coordenada pela
INTERPOL, contou com a colaboração de diversas agências e entidades internacionais,
entre as quais a Europol, Organização Mundial das Alfândegas e agências
do medicamento, representadas em Portugal as duas
últimas, respetivamente, pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e Autoridade
Nacional do Medicamento e Produtos de
Saúde, I.P. (Infarmed).
Da
operação conjunta entre a AT e o Infarmed, resultou em Portugal a apreensão de 53 encomendas postais (de
um total de 6364 encomendas
inspecionadas),
tendo sido possível impedir a entrada de
4972 unidades de medicamentos ilegais com um valor estimado de cerca de 19.912€. A maioria das encomendas apreendidas durante a operação em
Portugal continha medicamentos destinados ao
tratamento da disfunção erétil, emagrecimento e esteroides anabolizantes.
Da realização desta e de
outras operações, constata-se que, apesar de todos os alertas lançados, “os portugueses continuam
a comprometer gravemente a sua saúde ao adquirirem medicamentos pela Internet em websites não
autorizados”.
Assim, as autoridades de saúde alertam
para os seguintes aspetos:
N
Quem compra medicamentos fora dos canais
licenciados e controlados pelo Infarmed, corre riscos graves e desnecessários;
N Mesmo que o sítio da Internet tenha uma aparência
credível, isso não significa que esteja autorizado a vender medicamentos, não reunindo assim as
condições para assegurar a segurança, qualidade e eficácia dos medicamentos;
N Os medicamentos podem ser falsificados
ou contrafeitos, terem a composição alterada, estarem fora do
prazo ou terem sido transportados sem quaisquer precauções. Como
consequência, podem não fazer o efeito pretendido ou causar efeitos secundários
inesperados;
N Muitos sítios da Internet vendem medicamentos sem que haja a
intervenção de um profissional de saúde, sem conhecerem a história clínica ou a
existência de outras doenças, aumentando o risco para quem os toma;
N O medicamento encomendado pode
não chegar a ser enviado ou ficar retido na alfândega;
N
Alguns sítios da Internet não garantem a
confidencialidade dos dados pessoais.
Dispensa de medicamentos no domicílio:
è Pode apenas ser efetuada pelas farmácias e pelos locais de venda
de medicamentos não sujeitos a receita médica, desde
que estejam registados no Infarmed para a entrega de medicamentos ao domicílio.
è O pedido poderá ser feito nas farmácias ou nos locais de venda de
medicamentos não sujeitos a receita médica, através do
sítio eletrónico do estabelecimento ou do seu correio eletrónico, telefone ou
telefax.
è O facto de um sítio eletrónico ter sede em Portugal ou ser escrito em português não significa
que esteja autorizado a utilizar a Internet para receber encomendas de medicamentos.
è Havendo a possibilidade de encomenda pela Internet, os consumidores devem certificar-se que os sítios são legais, devendo a pesquisa ser
efetuada através da página do Infarmed (http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED).
Do PANGEA VII, a maior operação internacional de sempre no combate aos medicamentos falsificados resultou, em todo o mundo, a detenção de 239 indivíduos e a apreensão de 7.636.826 unidades de medicamentos falsificados, potencialmente letais e com um valor estimado de 29.861.350 dólares (cerca de 21.811.400 euros).
Fonte: Infarmed
Informação disponível em:
http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_NOVIDADES/DETALHE_NOVIDADE?itemid=9853131
Postado por: Manuel José Sargaço
http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_NOVIDADES/DETALHE_NOVIDADE?itemid=9853131
Postado por: Manuel José Sargaço
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